Em quantos projetos você está envolvido neste exato momento? E em quantos deles você parece caminhar, caminhar, caminhar e não sair do lugar?
O ser humano é um resolvedor de problemas por natureza, mas resolver problema não significa necessariamente planejar essa resolução. Por incrível que pareça, o caminho mais confortável geralmente é o da execução, o famoso “colocar a mão na massa”.
Levando este ditado ao pé da letra, você já experimentou colocar a mão na massa sem antes medir corretamente os ingredientes? Quem já fez uma receita de pão sem muito planejamento, deve ter se frustrado com o resultado final. Afinal, “colocar as mãos” é uma das últimas etapas para uma receita bem sucedida.
ANTES DE COLOCAR A MÃO NA MASSA
Na ânsia do “Vai lá e Faz”, começamos a perceber que muitas pessoas deixaram de se preocupar justamente com essa etapa do planejamento e estão exaustas demais no desenvolvimento para darem um passo atrás, ainda que a execução não esteja favorável com o previsto.
Quando não há planejamento, o desenvolvimento nem sempre é condizente com os objetivos iniciais. Para equipes, além de gerar inúmeros retrabalhos e falta de engajamento, o custo dessa execução pode ser extremamente elevado.
QUANTO TEMPO PARA PLANEJAR?
Muito planejamento também pode gerar custos desnecessários para o projeto. Imagine uma grande indústria que fica durante um ano planejando o lançamento de um novo produto e, ao vender no mercado, percebe que não tem uma boa aceitação do público.
Não à toa o conceito de Lean Startup está cada vez mais em voga, em que o ciclo de ideação e aplicação funcionam de forma fluída e com mais velocidade. Mas, ao contrário de muita confusão que este conceito tem gerado, essa velocidade não significa tirar a fase de planejamento.
Acreditamos que a mescla entre planejar, realizar, replanejar e voltar a realizar é o que traz velocidade com consistência.
NÃO TENHA MEDO DE REPLANEJAR
Vimos em nosso dia-a-dia que as empresas falham muito ao terem receio de replanejar. Isto acontece porque em sistemas hierárquicos tradicionais ainda temos o “chefe” do projeto e replanejar pode trazer a percepção de que o trabalho dele não foi satisfatório.
A grande problemática é que, ao insistir no erro, aqueles mesmos custos e falta de engajamento que comentamos acima parecerem triplicar e, muitas vezes, a solução é acabar com o projeto ou voltar a estaca zero.
Somos muito favoráveis ao replanejamento, pois é na prática que muitas vezes os problemas corretos aparecem. Para evitar egos feridos, este pode ser um combinado conjunto no início do projeto! Que tal colocar o replanejamento como uma das etapas?
E SE VOCÊ ESTIVER OCUPADO DEMAIS…
Honrando o título desse texto, quero te lembrar que muitos vezes o “ocupado demais” se dá justamente por toda essa falta de planejamento que comentamos. Tente listar quais são as tarefas que mais roubam hoje o seu tempo e perceba o quanto disto é fruto da falta de planejar antes de executar.
Cuidado ao usar essa muleta, pois você pode acabar acreditando nela e usará como desculpa sempre que um problema estiver te incomodando.
Uma dica que sempre ajuda é começar a colocar na agenda um tempo para planejamento. Isso dependerá muito da sua rotina, tem pessoas que conseguem fazer diariamente, outras que preferem semanalmente ou mesmo uma vez por mês, o que vale é começar a colocar em prática e ir adequando de acordo com o que mais fizer sentido para você!
Fonte: Simplesfica